domingo, 24 de abril de 2011
Páscoa
A arca do concerto,
Pão asno e ervas amargas,
“Afaste de mim este cálice!”
Alguém entre vós, me trairá...
Mas minha mensagem é de amor
Que amem uns aos outros,
Que perdoe os vossos pecados,
Que levem a boa nova aos confins da Terra.
Não sou um Deus vingativo,
Como queria meu povo Israel,
Sou o novo nascimento,
Assim na terra como nos céus.
Ressurreição, esta é a palavra chave,
Que tive de anunciar,
Mesmo que estejas morto.
Certamente viverás.
Novos céus e nova Terra,
Moradas, vou lhes preparar,
Pois o meu reino não é deste mundo,
É eterno e jamais passará.
Ainda que a língua dos anjos, um dia possa acabar,
Deixo com vocês o amor, que do espelho se livrará.
Frente a frente no meu reino
Com vocês quero reinar...
“Uma Feliz páscoa, para os homens de boa vontade”
Pão asno e ervas amargas,
“Afaste de mim este cálice!”
Alguém entre vós, me trairá...
Mas minha mensagem é de amor
Que amem uns aos outros,
Que perdoe os vossos pecados,
Que levem a boa nova aos confins da Terra.
Não sou um Deus vingativo,
Como queria meu povo Israel,
Sou o novo nascimento,
Assim na terra como nos céus.
Ressurreição, esta é a palavra chave,
Que tive de anunciar,
Mesmo que estejas morto.
Certamente viverás.
Novos céus e nova Terra,
Moradas, vou lhes preparar,
Pois o meu reino não é deste mundo,
É eterno e jamais passará.
Ainda que a língua dos anjos, um dia possa acabar,
Deixo com vocês o amor, que do espelho se livrará.
Frente a frente no meu reino
Com vocês quero reinar...
“Uma Feliz páscoa, para os homens de boa vontade”
sábado, 23 de abril de 2011
Ele ressuscitou e vai à vossa frente para a Galiléia.
O mistério pascal é o centro de nossa fé cristã. É o ápice do Tríduo Pascal e de toda a Semana Santa. Preparamo-nos durante toda a quaresma e os Dias Santos para esse momento culminante: a Páscoa. Páscoa quer dizer “passagem”. Deus se faz humano e passa entre a humanidade. A humanidade, antes escravizada, é liberta passando o Mar Vermelho e proclamando a independência do Povo de Deus. Assim Cristo continua a tradição profética passando da morte à Vida.
Na vigília pascal fazemos memória da salvação, desde a criação, passando pelo ato de libertação no Mar Vermelho, até o anúncio da ressurreição de Cristo. Jesus foi morto por um sistema político injusto e opressor. Mas Deus o ressuscitou. É o momento da passagem da tristeza para a alegria, da maldade para a graça, da escravidão à liberdade, do ódio ao amor, do temor à segurança, das trevas à luz, da morte para a vida.
Segundo o evangelista Mateus, depois da crucificação, quando Maria e Maria Madalena foram ver o corpo de Jesus, um anjo apareceu pedindo que não tenham medo, pois Cristo estava vivo. Havia ressuscitado dos mortos e estava indo a frente para Galiléia. Sendo assim elas deixaram o sepulcro, mas logo encontraram Jesus que disse: “Alegrai-vos! Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.” E assim elas fizeram.
Vencendo a morte, Cristo se fez presente naquele momento, e se faz presente até hoje na comunidade através do mistério da comunhão. Pela fé e pelo batismo, o cristão deve participar dessa mística, dessa morte e ressurreição. É preciso morrer para participar da Vida. Ou melhor, é preciso passar por uma transformação radical, rompendo com tudo o que gera injustiça e morte, assim ressuscitando para uma vida nova, onde seremos homens e mulheres novos/as, a fim de construir uma sociedade justa e fraterna que promova a vida, que na PJ chamamos carinhosamente de Civilização do Amor.
Esta é a verdade central de nossa fé. E devemos ser propagadores do anúncio da ressurreição. Devemos continuar a expressar esta verdade, transformando o medo da morte na alegria da vida. Transformando o mundo em que vivemos em um lugar melhor. Combatendo toda forma de injustiça e opressão. Lutando contra a violência e o extermínio de jovens. Assim como Jesus, devemos também fazer esta passagem, esta Páscoa.
Cantem céus e terra, céus e terra cantem: Cristo, Jesus, O Ressuscitado!
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Amizade, caminho para a vida espiritual
A amizade é um belíssimo dom de Deus. O Senhor quis colocar no coração do homem a necessidade de ter amigos e, mais do que isso, quis estabelecer desde o princípio, um laço de amizade com a humanidade: “Iahweh, então, falava com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo” (Ex 33, 1).
Podemos descobrir num amigo, não só o auxílio em momentos difíceis ou uma companhia para nos alegrar, mas um verdadeiro tesouro:“Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é remédio de vida e imortalidade; quem teme o Senhor achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante” (Eclo 6, 14ss).
Muitas vezes, o que o pai ou a mãe não conseguem fazer por nós, um amigo pode fazê-lo. Ele atinge o nosso coração e chega àquele lugar onde ninguém consegue ir. A amizade é o verdadeiro fundamento da vida fraterna. Quem nos mostra essa necessidade do coração é o próprio Jesus. Na amizade renovamos o sentido da vida em Deus e do amor aos homens: amar até dar a vida! Dar a vida por eles completamente: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 9-13).
E o próprio Jesus nos ensina o valor profundo de uma amizade, dando sua vida por nós na cruz. “Eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (Jo 15, 15).
Ter um amigo é receber uma grande missão que podemos encontrar, de forma muito particular, na vida comunitária. Ninguém procuraria uma comunidade religiosa se não tivesse certeza de que encontraria, na convivência com aqueles que ali habitam, o espírito e a ternura de uma família.
A vida comunitária nos impele, a todo momento, na escolha diária e na renúncia. Somos chamados a ser amigos de todos e, mesmo que isso seja difícil, devemos acolher a todos com o mesmo amor, e desta forma, temos a oportunidade de formar-nos na escola do amor: “Amar em si é uma escola, e a vida comunitária é esse lugar onde melhor se exercita e se aprende a amar” (João Paulo II). É o verdadeiro lugar do “perdão e da festa”, e a amizade também nos permite viver essa experiência de forma íntima e profunda.
Quando somos capazes de superar barreiras como o ciúme e a disputa; quando descobrimos que esses sentimentos estão em nós, mas não nos pertencem; quando abrimos mais os braços para abraçar do que para sermos abraçados, ajudamos mais do que somos ajudados, amamos mais do que somos amados, caminhamos então, para uma verdadeira experiência de amizade pura e desinteressada, onde o outro é amado em razão dele mesmo, e não em razão de nossas carências e interesses.
Podemos encontrar a verdadeira amizade num amigo de infância, na própria experiência de família com nossos pais e parentes, na direção espiritual, num irmão de caminhada e, assim, dar grandes passos na vida espiritual através dessa experiência.
A boa amizade nos faz melhores, nos ajuda a enfrentar as situações difíceis da vida e a não desperdiçar as oportunidades, porém ninguém saberá o que é ter um amigo se, antes disso, não compreender que é preciso ser amigo.
Paz e bem!
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